segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Reforma ou caos"


Inspirado por recentes escândalos de corrupçao na Câmara municipal de Campinas, analisei alguns fatores fundamentais que precisam passar por mudanças radicais no nosso país.




Há muitas expectativas sobre a recente ascensão econômica do Brasil no sistema internacional. De fato, o país deixou de ser apenas um modesto coadjuvante regional e hoje é, consideravelmente, um dos principais atores do contexto global, e as expectativas de crescimento são relativamente boas. Contudo, o resultado produtivo do país, no futuro, resultará da junção de políticas suficientes e sustentáveis que sejam capazes de inovar em várias áreas de carência crônica que a maior nação latino americana sofre atualmente.   
Até 20 anos atrás, mais de 53 milhões* de brasileiros não possuiam condições de ter uma vida digna, mergulhados na pobreza e na ignorância social, excluídos de qualquer tipo de acesso capaz de proporcionar alguma melhoria. Na época, foi introduzido o plano de reforma, previsto pelo Governo, em meio a crises de austeridade política, déficit público e corrupções exacerbadas da era Collor, projetando o futuro do país nos anos 2000. Hoje, as condições melhoraram, a miséria foi reduzida e afeta 8% da população, porém, o grau de ignorância e o analfabetismo funcional são problemas remanecentes e, seguramente, desafiadores  para o país. Já está na hora de avançar com os investimentos em educação, os dados são pífios e, ainda, investe-se pouco nessa área, apenas 4,5% do PIB. O país ocupa um lugar humilhante nos rankings destinados a educação e, de longe, obtém um dos piores índices do continente. No mínimo, são necessarios 10% do PIB para combater o atraso da educação. 
A realidade nos mostra que sem capacidade intelectual, o Brasil não deixará o status de nação terceiro mundista, dominada pela falta de uma política industrial eficaz, capaz de gerar tecnologia e transformações radicais em toda a sua estrutura. Além disso, não haverá mão de obra qualificada, havendo sempre mais pedreiros informais ao invés de engenheiros civis, ou então inúmeros professores indispostos ao ensino, guiados por insastifação profissional dessa área. Resultado: colapso do desenvolvimento.
A propósito, os escândalos de corrupção só nos mostram como a nossa sociedade está integrada num modelo construído pela insuficiência política e uma falta de planejamento social e urbano. Além do ensino básico, é preciso ensinar a governar e mudar a forma de como as coisas são instituidas no nosso país e, com certeza, a educação é um dos principais fatores para essa transformação. Os governos despotam um alto índice de administrações estúpidas, favoráveis as classes mais ricas, congestionando as nossas cidades; fechando-as em jaulas artificiais - os condomínios - ruptura social do desenvolvimento com desvios de verba pública, além da persistência errática de milhares de projetos mal feitos e inacabados. A maior prova são as obras da Copa de 2014** - estádios; aeroportos; mobilidade urbana; infra-estrutura das cidades -  estarem atrasadas e algumas ainda nem começaram. Qual a razão de prevalecer essa medíocridade na organização? São Paulo é a sede mais atrasada de todas, sendo a cidade mais importante do país e está correndo o risco de ser excluída do direito de sediar os jogos. Para piorar, o evento é de caráter internacional, concedido ao Brasil desde 2007, ou seja, qual o sentido disso tudo? Não há administração adequada e, na primeira oportunidade, o país já acumula críticas e atitudes errôneas. Aliás, atitudes que são típicas de países puramente emergentes, sem uma política eficaz de planejamento.
Todavia, enxergo outro problema crônico da sociedade brasileira: a crise de existência. Não há nacionalismo. Em geral, poucos brasileiros acreditam na capacidade do próprio país e já assumem a fama de derrotados, influenciados pelo imperialismo cultural e a falta de patriotismo. Será que os valores nacionais estão atribuídos nessa insuficiência da nossa política?
Portanto, analiso um longo caminho que deve ser percorrido pelo Brasil. Os problemas sociais são os maiores adversários na ascenção do país a elite mundial, então por que não somar o bom desempenho econômico com uma melhor política de planejamento? Deixando de lado o "assistencialismo" e aplicando projetos práticos em prol do pleno desenvolvimento das camadas sociais. As melhorias já foram feitas, agora é preciso aprimora-las em ferramentas fundamentais para a real erradicação da ignorância, melhorando a injusta distribuição de renda dos brasileiros.
A educação, o nacionalismo e a falta de uma política suficiente são apenas alguns empecilhos do futuro brasileiro.  Há, ainda, muitas etapas e necessidades a serem aplicadas em nosso contexto de transformação sociale e a realidade vai muito além dos limites do centro-sul brasileiro. Portanto, cada fator relaciona-se com o outro na corrida do desenvolvimento e esse processo de evolução só ocorrerá com a integridade dos interesses públicos e sociais.






*Dados retirados do livro "Brasil, Reforma ou Caos" - 1989
**Informações compiladas no sítio http://www.copa2014.org.br/

domingo, 20 de março de 2011

Liderança regional



Como ironia do destino, os nossos eternos "rivais" argentinos estão cada vez mais dependentes do mercado brasileiro. Atualmente, o Brasil comporta mais 50% das exportações platinas, incluindo todo o tipo de produto. A relação bilateral nunca esteve tão próxima, tanto que a economia do país vizinho depende quase que "exclusivamente" da pujança brasileira no mercado global.  

Além das expectativas de crescimento de ambas economias, não se pode negar o receio de muitos empresários argentinos diante dessa "exclusividade" sobre as empresas brasileiras. Há, possívelmente, uma certa mobilização para a venda de todos os tipos de produtos industrializados para os nossos empresários. 

"Para se ter uma idéia da dimensão do problema, Chile e Estados Unidos juntos, segundo e terceiro destino das exportações industriais, não representam um terço do que é vendido para o Brasil. Mesmo com toda rivalidade no futebol, os Argentinos dependem (e muito) do sucesso econômico brasileiro."

O Brasil, por outro lado, saiu ganhando de todas as maneiras dentro do Cone Sul. Nos últimos anos, com a redução de participação dentro no mercado estadunidense, o país não só ganhou um alto potencial da liderança regional, mas também tornou-se uma forte potência mundial. O superavit brasileiro dobrou em apenas um ano com as exportações argentinas.

Analisando pelo contexto histórico dessa relação bilateral tão polêmica, sendo que até pouco tempo, a Argentina adotou severos entraves econômicos frente as mercadorias brasileiras e era resistente a qualquer tipo de mudança. Ainda se olharmos na época dos regimes militares sul-americanos, o Brasil realizava o seu papel de coadjuvante na América do Sul e assistia a ascensão dos hermanos no cenário global com a ajuda britânica. Contudo, o Brasil de hoje é bem diferente do Brasil dos generais e das repressões políticas daquele tempo.

Pelo menos, o Brasil tem cumprido com o seu papel na economia. O MERCOSUL é um ponto estratégico de cooperação técnica e negociações com os nossos vizinhos, é preciso mais atenção para eles, já que a liderança "política" regional também influencia, e muito, na possível adesão da tão sonhada cadeira cativa do Conselho de Segurança da ONU.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Diferença científica da ética e moral

Na casualidade da vida sempre lidamos com situações ligadas a moral e a ética, todos os bons costumes e valores aprendidos ao longo de nossa vida. Na verdade, estão relacionados com a moral familiar e a ética aplicada a sociedade.
Em um entendimento mais amplo e científico, a ética é sinônimo de racionalidade e o seu âmbito é universal, ou  seja, todo indivíduo está imposto a ética, independente de sua cultura, costumes e posição geográfica. A ética caracteriza-se pelo estudo das ações do homem e é inserida automaticamente em nossa vida; está infligida dentro da sociedade.
Entretanto, a moral relaciona-se com o individualismo, é a cultura própria do homem relacionada com a sua origem. Isso explica a primeira referência moral do indivíduo: os nossos pais. Os mesmos serão o meio de comunicação da criança com o mundo, pois durante a vida, transmitirão ensinamentos morais sobre a sua cultura local e crença sobre o meio em que vive. A moral, na verdade, é particular, cada nicho social propaga os seus costumes. Então, é possível afirmar que a moral também é dinâmica, considerando o fato que os costumes mudam conforme o tempo e sociedade. Em outras palavras, evolui com o pensamento do homem.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Política Circense

Tempo de mudar, inovar. Pensar diferente, ensaiar o futuro com um desenvolvimento sustentável. É hora de pararmos com a polarização ridícula da política brasileira, anos de pura dominação de partidos que dizem ser a solução e nunca fazem realmente nada além de melhorias estúpidas.
Ainda estamos andando, vendo a hegemonia chinesa, desenvolvimento social dos nossos vizinhos enquanto o povo brasileiro se prende a programas do governo que pagam miséria para as famílias e não fazem mais nada. Estamos perdendo a nossa riqueza natural, sendo que temos dinheiro, muito dinheiro para reverter isso. Dinheiro que atende apenas os interesses de uma classe específica, o resto é completamente esquecido. Está impossível de entrar em São Paulo, no meio do caos dos carros e pouco verde. Urbanização escrota, cidades sujas e acabadas. O centro de Campinas está tão poluído em todos os sentidos, visualmente, culturalmente, socialmente... Está morto, cinza, abandonado. Somos obrigados a conviver calados com tudo isso! O sistema todo tem que mudar. PT? PSDB? Mais uma vez? Alguém aqui ainda acredita no discurso dessas duas pessoas? O único interesse é se promover, levar a imagem do partido e ganhar a briga, mais uma vez. PT x PSDB, PT x PSDB. Eles brigam, brincam, riem na nossa cara... E nós? Assistimos como fantoches, esperando qual vai ser a nova dessa vez.
O Serra não fala nem gesticula, é um próprio robô de seu partido, assim como todos eles... Geraldo, Nunes, Sampaio. São todos iguais, treinados para a elite. A Dilma não sabe o que está fazendo em Brasília, projeto lulista que caiu no meio de um jogo político e agora se aproveita dos mais carentes para ganhar voto. Todos rodam, rodam, jogam, ganham, perdem e nós participamos do espetáculo todo, esperando a palhaçada aprontar mais uma.

Agora me diz, por que? Ainda sou obrigado a ouvir que a Marina não está preparada. Qual é a preparação do resto? Um currículo sujo de um partido sujo. Puro pré-conceito, de alguém da região norte que traz idéias inovadoras, diferente de tudo o que já escutamos antes. Sem radicalismo, apioando o nosso meio ambiente, a nossa amazônia, pantanal, o nosso desenvolvimento sustentável. Vamos criar o nosso futuro, jovens que vão agir com mais amor a sua pátria. Podem nos tirar tudo, menos o sonho de ver o Brasil, meu país, nosso país, prosperar com justiça. Eu amo a minha terra!